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Parlamentares pressionam por aumento dos limites do Simples Nacional: o que muda para seu negócio
No fim de 2025, parlamentares ligados ao empreendedorismo lançaram um manifesto para pressionar o Congresso a pautar o PLP 108/21, que atualiza os limites do Simples Nacional. A proposta chega em um momento crítico para micro e pequenas empresas, especialmente prestadores de serviços.
Congelados desde 2018, esses tetos se tornaram uma “bomba silenciosa” contra o empreendedor: sem reajuste, muitos negócios deixam o regime não por crescimento real, mas pela inflação. Se aprovado, o MEI passaria de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil; microempresa, de R$ 360 mil para R$ 869,4 mil; e pequeno porte, de R$ 4,8 milhões para R$ 8,69 milhões, com correção anual pela inflação.
Limites congelados do Simples Nacional ameaçam sobrecarregar seu negócio
Com tetos de faturamento sem atualização desde 2018, o Simples Nacional virou uma “bomba silenciosa” para prestadores de serviços. A inflação de mais de 40% corroeu o valor real dos limites de receita, fazendo com que muitos empreendedores deixem o regime não por crescimento, mas por distorções fiscais.
Para quem atua na prestação de serviços, os principais riscos são:
- Margens comprimidas e fluxo de caixa comprometido;
- Aumento abrupto da carga tributária ao migrar para regimes mais rígidos;
- Complexidade contábil elevada e maior exposição a autuações.
Esse cenário ameaça a sustentabilidade financeira: contratos podem ser revistos, investimentos adiados e o planejamento de longo prazo fica fragilizado.
Entenda o PLP 108/21 e as faixas de receita propostas
O PLP 108/21 é uma proposta de lei complementar que atualiza os limites de enquadramento do Simples Nacional, visando ajustar tetos de receita há mais de cinco anos sem revisão. Se aprovado, o projeto eleva significativamente o patamar de faturamento e inclui uma correção anual automática pela inflação.
Os novos limites de receita bruta anual previstos são:
- MEI: de R$ 81.000 para R$ 144.900;
- Microempresa: de R$ 360.000 para R$ 869.400;
- Empresa de Pequeno Porte: de R$ 4.800.000 para R$ 8.690.000.
Além disso, o texto determina que esses tetos sejam ajustados anualmente com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), preservando o poder de enquadramento frente à inflação e evitando novas distorções fiscais.
Projeções de impacto: empregos, receitas e competitividade
Um estudo da CACB indica que a atualização dos limites do Simples Nacional pode gerar até 869 mil novos empregos, beneficiando 24 milhões de micro e pequenas empresas que responderam por 77% dos postos de trabalho criados nos últimos cinco anos.
As frentes parlamentares estimam ainda que o reajuste tributário traga:
- Criação de até 870 mil vagas formais;
- Aumento superior a R$ 60 bilhões anuais em salários e lucros;
- Retorno de R$ 18 a 22 bilhões por ano aos cofres públicos em até 3,5 anos.
Segundo o TCU, o Simples Nacional representa uma renúncia fiscal de R$ 120 bilhões ao ano, mas responde por 7,4% de toda a arrecadação federal, somando R$ 187,3 bilhões em 2024 e sustentando 21,7 milhões de empresas ativas que geraram 72% dos novos empregos formais no último ano.
Esses números mostram que a proposta não só reforça a competitividade ao reduzir distorções tributárias, mas também estimula a formalização, a saúde financeira e o crescimento sustentável dos prestadores de serviços.
Os próximos passos no Congresso e o papel das frentes parlamentares
Desde o início de outubro, seis frentes parlamentares uniram forças em um manifesto endereçado ao presidente da Câmara, Hugo Motta, cobrando a inclusão imediata do PLP 108/21 na pauta. O documento, subscrito pelas Frentes do Livre Mercado, de Micro e Pequenas Empresas, pela Mulher Empreendedora, de Comércio e Serviços, do Empreendedorismo e pelo Brasil Competitivo, enfatiza a urgência de corrigir limites defasados há mais de cinco anos.
Na terça-feira, dia 7, às 11h, uma sessão solene na Câmara dos Deputados celebra o Dia Nacional do Empreendedor e o Simples Nacional, com expectativa de intensificar o apoio político ao projeto. Em seguida, o texto seguirá para análise nas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça, antes de ser levado a voto no plenário, com previsão de deliberação ainda no segundo semestre.
Entre os principais protagonistas desta mobilização estão:
- Deputado Julio Lopes (PP/RJ), presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo;
- Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB), responsável por pautar o PLP 108/21;
- Coordenadores das frentes de Micro e Pequenas Empresas e da Mulher Empreendedora, articulando assinaturas e debates;
- Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), que apresentaram estudo apontando potencial de geração de até 869 mil empregos.
Como a JCC Assessoria Contábil pode apoiar sua adequação ao Simples
Para atravessar a transição ao novo Simples Nacional de forma segura, é fundamental contar com uma rotina contábil bem estruturada. A JCC Assessoria Contábil oferece um acompanhamento estratégico focado em manter seu negócio dentro dos limites permitidos e em dia com a legislação.
Entre as principais frentes de atuação estão:
- Mapeamento detalhado das receitas atuais e projeções de faturamento para cada faixa do Simples;
- Revisão periódica do enquadramento tributário, evitando surpresas fiscais ao ultrapassar os novos tetos;
- Implementação de controles financeiros e relatórios de fluxo de caixa, garantindo visibilidade sobre custos e receitas;
- Orientação sobre obrigações acessórias e prazos de entrega das declarações, assegurando conformidade contínua;
- Simulações de cenários fiscais para identificar o melhor planejamento tributário dentro do regime.
Com essas práticas, prestadores de serviços ganham clareza na gestão financeira, reduzem riscos de desenquadramento e ficam preparados para aproveitar os benefícios do Simples Nacional revisado.
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Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site Exame. Para ter acesso à matéria original, acesse ‘É urgente corrigir limites do Simples’: parlamentares querem faixa maior para MEI e pequena empresa