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Reforma Tributária 2027: por que o Lucro Presumido pode deixar de valer a pena
Em 2027, a Reforma Tributária promete alterar significativamente o cenário tributário brasileiro. O regime de Lucro Presumido, tradicionalmente vantajoso para muitas empresas, pode perder força diante das novas alíquotas e da transição para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
Prestadores de serviços devem ficar atentos aos riscos de aumento de tributos e à possível redução de competitividade. Com a extinção das alíquotas reduzidas de PIS/Cofins e a elevação gradual da CBS até 2032, as margens já apertadas podem ficar ainda mais comprometidas.
Para proteger seu negócio, é fundamental antecipar simulações de 2027 e 2028, rever contratos e ajustar preços. Continue a leitura para entender as mudanças-chave e as estratégias essenciais.
Prepare-se para perdas: Lucro Presumido pode ficar defasado em 2027
Em 2027, o fim da alíquota reduzida de 3,65% de PIS/Cofins e o início da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota prevista de cerca de 9%, elevam o custo tributário das empresas de serviços. Essa mudança diminui a principal vantagem do Lucro Presumido e pode comprometer a margem de lucro.
- Elevação do peso dos tributos sobre a receita bruta;
- Redução da competitividade frente a empresas sob Lucro Real ou Simples Nacional;
- Menor capacidade de repassar custos ao cliente sem perder posicionamento de preço;
- Aumento da complexidade na projeção de fluxo de caixa e na precificação de serviços.
Com margens já apertadas, prestadores de serviços poderão enfrentar dificuldade em manter a rentabilidade. A perda do benefício de PIS/Cofins reduzido significa que até mesmo variações pequenas na carga tributária terão impacto significativo no resultado final.
Ficar atento às mudanças e antecipar cenários tributários é fundamental. Entender como cada ponto percentual adicional afeta seu negócio ajuda a tomar decisões mais seguras e evitar quedas inesperadas na lucratividade.
Panorama atual dos regimes tributários
Atualmente, as empresas brasileiras podem escolher entre três regimes tributários, de acordo com porte e atividade:
- Lucro Real: obrigatório para quem fatura acima de R$ 78 milhões/ano e opcional para demais empresas; tributa o lucro líquido apurado em balanço.
- Lucro Presumido: disponível para empresas com receita bruta até R$ 78 milhões/ano; base de cálculo é um percentual fixo aplicado à receita.
- Simples Nacional: para quem fatura até R$ 4,8 milhões/ano; unifica diversos impostos em uma guia única com alíquotas progressivas.
É um equívoco acreditar que o Simples Nacional ou o Lucro Presumido dispensam contabilidade formal. Exceto o MEI, todas as empresas devem manter livros contábeis e elaborar balanços, conforme o Código Civil, garantindo gestão eficaz, transparência e conformidade fiscal.
Mudanças-chave da Reforma e o fim das alíquotas reduzidas de PIS/Cofins
Com a entrada em vigor da Reforma Tributária em 2027, as alíquotas de PIS/Cofins, hoje fixadas em 3,65% para empresas no Lucro Presumido, serão extintas e unificadas na nova Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Essa mudança redefine a forma de tributação sobre a receita bruta e impacta diretamente o custo operacional dos prestadores de serviços.
A CBS tem alíquota inicial prevista de aproximadamente 9% em 2027, mas sofrerá ajustes anuais até o término do ciclo da Reforma, em 2032:
- 2027: 9%
- 2028: cerca de 13%
- 2029: cerca de 17%
- 2030: cerca de 21%
- 2031: cerca de 25%
- 2032: entre 27% e 28%
Essa escalada gradual eleva a carga tributária incidente sobre cada real de receita. Para uma empresa de serviços, isso significa:
- Redução imediata da vantagem comparativa do Lucro Presumido;
- Ajustes constantes no preço de venda para absorver o aumento de custos;
- Maior complexidade no gerenciamento de fluxo de caixa e na projeção de resultados;
- Necessidade de revisões contratuais e renegociação de prazos de pagamento.
Entender o ritmo de crescimento da CBS e recalcular cenários de tributação é essencial para manter a saúde financeira do seu negócio e evitar surpresas desagradáveis nos próximos anos.
Impactos específicos para prestadores de serviços
Muitas empresas de serviços não alcançam o percentual de 32% de margem bruta usado para calcular o IRPJ e a CSLL no Lucro Presumido. Isso significa que, mesmo com a alíquota fixa sobre receita, o valor devido pode superar o débito apurado no Lucro Real, especialmente quando despesas operacionais são elevadas ou margens são apertadas.
- Lucro Real: tributa o lucro líquido apurado em contabilidade. Para quem tem resultados variáveis, permite compensar prejuízos e abater custos diretamente, reduzindo a carga tributária em períodos de margens baixas.
- Lucro Presumido: aplica percentuais fixos sobre a receita bruta (geralmente 32% para serviços). Empresas com margem inferior acabam pagando mais IRPJ/CSLL do que geram de lucro contábil.
- Simples Nacional: unifica tributos em alíquotas progressivas. Para prestadores com faturamento até R$ 4,8 milhões, pode oferecer menor carga total, mas é limitado a faixas de receita e atividades específicas.
Em cenários de margens reduzidas ou custos variáveis, o Lucro Real ou o Simples Nacional podem ser mais vantajosos. Avaliar cada modelo por meio de simulações detalhadas é essencial para escolher o regime que minimize o desembolso tributário e preserve a competitividade.
Simulações e estratégias para proteger seu negócio
Para evitar surpresas com o novo regime tributário, inicie já as simulações para 2027 e 2028. Levante dados de receita, custos e margens atuais e projete cenários com as alíquotas crescentes da CBS. Com base nesses resultados, você poderá tomar decisões mais assertivas e minimizar impactos negativos.
- Realize comparativos entre Lucro Real, Presumido e Simples Nacional em diferentes faixas de alíquota;
- Renegocie prazos e valores de contratos de serviços e insumos para diluir ou reduzir custos;
- Revisite sua política de preços, incorporando gradualmente o aumento tributário para manter a rentabilidade;
- Mapeie despesas fixas e variáveis para identificar cortes e ganhos de eficiência operacional;
- Estabeleça indicadores de desempenho (margem, EBITDA, giro de caixa) para acompanhar o progresso das ações.
Agir com antecedência fortalece seu planejamento financeiro e evita apertos de última hora. Ao combinar simulações realistas com ajustes contratuais e operacionais, você garante maior previsibilidade e resiliência diante das mudanças tributárias.
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Na JCC Assessoria Contábil, oferecemos suporte especializado para que prestadores de serviços possam se antecipar às mudanças trazidas pela Reforma Tributária. Nossa equipe combina expertise em regimes fiscais e experiência prática para apresentar cenários claros e fundamentados.
- Simulações comparativas entre Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional para 2027 e 2028;
- Projeção de impactos da CBS nas margens e fluxo de caixa;
- Elaboração de relatórios que destacam oportunidades de economia tributária;
- Assessoria na revisão de contratos e políticas de preços;
- Orientação para ajustes contábeis e fiscais de forma eficiente e segura.
Com processos estruturados e foco na conformidade, ajudamos a organizar suas finanças e a definir um plano de ação personalizado, garantindo maior previsibilidade e tranquilidade para o crescimento do seu negócio.
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Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site Portal Contabeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Reforma Tributária: Lucro Presumido pode deixar de valer a pena em 2027





