Índice
Atualização Urgente do Teto do MEI: O Que Está em Jogo para Seu Negócio
Seu negócio sofre com limites defasados do Simples Nacional?
Congelado em R$ 81 mil desde 2018, o teto do MEI acumula 83,03% de inflação não corrigida. Representantes do setor e lideranças no Congresso defendem elevar esse limite a R$ 144,9 mil para evitar que prestadores de serviços ultrapassem a faixa e sejam tributados em alíquotas mais altas.
- Correção do teto do MEI de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil
- Potencial geração de 869 mil empregos e R$ 81,2 bilhões na economia
- Impacto direto na competitividade e no caixa das pequenas empresas
Descubra por que essa atualização é crucial para o crescimento e a saúde financeira do seu empreendimento.
O risco da defasagem: quando seu crescimento vira penalidade
Desde 2018, os limites de faturamento do Simples Nacional permanecem estáticos, acumulando inflação de mais de 80%. Com isso, muitos prestadores de serviços que ampliam sua carteira de clientes se deparam com o teto do MEI ou da microempresa estourado sem ter de fato aumentado sua operação.
Ao ultrapassar esses limites, o empreendedor é obrigado a migrar para regimes tributários mais complexos, com alíquotas superiores e obrigações acessórias mais rigorosas. Essa transição não planejada pode reduzir drasticamente a margem de lucro, gerar custos extras e comprometer o fluxo de caixa de quem buscava apenas escalar o negócio de forma natural.
Empresas forçadas a sair do Simples e pagar mais tributos
Sem correção desde 2018, prestadores de serviços com faturamento modesto já estouram o teto do MEI de R$ 81 mil. Exemplo: uma consultora de marketing que fatura R$ 85 mil precisa migrar para microempresa.
Na prática, ao migrar, essa profissional sai de uma carga fixa de aproximadamente R$ 60 mensais (cerca de 5% do salário mínimo) e passa a arcar com alíquota efetiva média de 6% sobre o faturamento, resultando em mais de R$ 5 mil anuais de impostos — um acréscimo de quase 50% na contribuição.
Outro caso comum é o do eletricista que alcança R$ 380 mil em receita: ultrapassando o teto de R$ 360 mil para microempresas, ele entra na segunda faixa do Simples com alíquota de 11,20%. Esse salto eleva seu custo tributário em mais de R$ 9 mil ao ano, impactando diretamente o fluxo de caixa.
Esses exemplos mostram que a defasagem não reflete expansão de estrutura, mas sim a inflação não compensada, penalizando o crescimento natural dos prestadores de serviços.
Proposta de atualização de tetos: números que justificam a mudança
Representantes do setor produtivo propõem corrigir em 83,03% os limites de faturamento do Simples Nacional, recompondo a inflação acumulada desde 2018.
Com essa atualização, os novos tetos ficariam assim:
- MEI: de R$ 81.000 para R$ 144.900
- Microempresa: de R$ 360.000 para R$ 869.400
- Empresa de Pequeno Porte: de R$ 4.800.000 para R$ 8.690.000
Essa elevação não amplia vantagens fiscais, mas repõe o valor real dos limites, evitando que prestadores de serviços e pequenos negócios sejam transferidos a regimes tributários mais caros sem terem de fato crescido em estrutura.
Além disso, a proposta inclui a sugestão de correção anual automática dos tetos, garantindo maior previsibilidade e reduzindo a frequência de atualizações legislativas pontuais.
De R$ 81 mil a R$ 144,9 mil: entenda a correção de 83,03%
A correção de 83,03% nos tetos do Simples Nacional visa recompor a defasagem acumulada pela inflação desde 2018, garantindo que o limite de receita reflita o poder de compra atual. No caso do MEI, esse ajuste eleva o teto de R$ 81.000 para R$ 144.900.
Da mesma forma, os demais regimes terão seus limites atualizados para acompanhar o mesmo índice inflacionário:
- Microempresa: de R$ 360.000 para R$ 869.400
- Empresa de Pequeno Porte: de R$ 4.800.000 para R$ 8.690.000
Essa recomposição não cria novas vantagens fiscais, mas evita que o empreendedor seja deslocado a faixas tributárias superiores apenas em razão da inflação, preservando a competitividade e a previsibilidade do planejamento financeiro.
Impacto potencial: empregos e movimentação econômica
Segundo cálculos do setor produtivo, a correção dos tetos do Simples Nacional pode gerar mais de 869 mil empregos formais, ampliando a inserção de trabalhadores em micro e pequenas empresas. Além disso, estima-se que a recomposição dos limites movimente R$ 81,2 bilhões na economia, intensificando o fluxo de caixa das companhias e estimulando investimentos em infraestrutura, tecnologia e contratação de equipes. Esse impacto potencial reforça o papel do Simples Nacional como motor de desenvolvimento regional, fortalecendo as cadeias de valor e elevando a competitividade do setor produtivo.
A discussão no Congresso: justiça tributária em pauta
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, representantes do setor produtivo e parlamentares reforçaram a necessidade urgente de corrigir os tetos do Simples Nacional, congelados desde 2018. O presidente da CACB, Alfredo Cotait Neto, ressaltou que a falta de atualização configura uma distorção tributária que penaliza quem cresce de forma orgânica, enquanto Sarina Manata, diretora jurídica da Fecomércio-SP, esclareceu que o ajuste não cria benefícios extras, mas recompõe a inflação acumulada.
Presidida pelo deputado Zé Adriano (PP-GO), a sessão contou com dados do Sebrae que mostram a importância do Simples para 97% das empresas ativas no país. Ao final, os parlamentares se comprometeram a acompanhar de perto a tramitação da proposta e a agilizar sua votação em Plenário, destacando que a atualização anual automática dos limites garantiria maior previsibilidade às micro e pequenas empresas.
Argumentos de lideranças empresariais
Alfredo Cotait Neto, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), ressaltou que a tabela do Simples Nacional permanece congelada desde 2018, acumulando inflação superior a 80%, enquanto outros índices passam por correções regulares. Para ele, essa desatualização constitui uma injustiça tributária que penaliza empreendedores que crescem de forma orgânica.
Cotait Neto afirmou que a razão para essa falta de ajuste não é técnica, mas política: existe uma pressão de setores beneficiados pela complexidade tributária para enfraquecer ou mesmo extinguir o Simples Nacional. “Se atraso o pagamento de um imposto, a correção chega a 20, 30, 40 por cento. A única coisa que não corrige é a tabela do Simples Nacional”, criticou.
O presidente da CACB destacou ainda que “o Simples não é uma renúncia fiscal, e sim uma grande revolução social”. Desde sua criação em 2007, o regime contribuiu para o salto de 1 milhão para mais de 23 milhões de empreendedores, ampliando a inclusão econômica e fortalecendo o papel das micro e pequenas empresas no país.
Posicionamento de parlamentares e próximos passos
O deputado Zé Adriano (PP-GO) destacou que seria “essencial que essa correção acontecesse todos os anos, mas, como isso não ocorre, temos hoje uma defasagem gritante, que causa um grande prejuízo aos negócios”.
Ele afirmou ainda que a comissão especial acompanhará de perto a tramitação do projeto e envidará todos os esforços para que a proposta de atualização dos tetos do Simples Nacional seja pautada em Plenário o mais rápido possível, garantindo maior previsibilidade aos micro e pequenos empreendedores.
O que muda para prestadores de serviços
Com a elevação do teto do MEI e demais faixas do Simples Nacional, prestadores de serviços ganham folga no planejamento tributário e evitam migrações inesperadas ao regime de microempresa ou lucro presumido.
Para aproveitar essa folga e manter o controle das finanças, é fundamental:
- Revisar as projeções de faturamento anual à luz dos novos limites, ajustando orçamentos e metas de vendas;
- Recalcular a carga tributária prevista para cada faixa, comparando o impacto antes e após a atualização;
- Planejar o fluxo de caixa considerando possíveis variações de receita próximos aos tetos;
- Agendar revisões periódicas para garantir que o negócio esteja sempre dentro da faixa mais vantajosa.
Além disso, é recomendável simular cenários de crescimento com base no teto reajustado e reforçar a organização dos controles contábeis, garantindo maior previsibilidade e segurança nas decisões estratégicas.
Como a JCC Assessoria Contábil pode auxiliar seu negócio
Para que prestadores de serviços estejam sempre alinhados às alterações do Simples Nacional e demais obrigações fiscais, a JCC Assessoria Contábil atua de forma proativa em três frentes principais:
- Monitoramento fiscal: acompanhamos alterações na legislação do Simples, Imposto de Renda e demais tributos, traduzindo normas complexas em orientações claras para o seu planejamento.
- Planejamento tributário: avaliamos cenários de faturamento e simulamos o impacto de diferentes faixas do Simples Nacional, garantindo que você escolha o enquadramento mais vantajoso.
- Gestão contábil integrada: organizamos documentos fiscais, elaboramos demonstrativos e relatórios gerenciais e fornecemos informações atualizadas sobre fluxo de caixa e margens de lucro.
Com essas atividades, a JCC oferece à sua empresa a estrutura necessária para reagir rapidamente a mudanças de tetos e alíquotas, mantendo o foco na operação e no crescimento sustentável do seu negócio.
Fique por dentro: acompanhe nosso blog para mais novidades
Não deixe passar nenhuma atualização do Simples Nacional e outras pautas contábeis. Acompanhe nosso blog diariamente para receber conteúdos explicativos, análises de mudanças legislativas, guias práticos e dicas para manter seu negócio sempre em conformidade e preparado para crescer. Esteja pronto para tomar decisões embasadas e aproveitar novas oportunidades sem surpresas fiscais.
Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site Sapicuá. Para ter acesso à matéria original, acesse SIMPLES NACIONAL: Empresários pedem atualização urgente do teto do MEI para R$ 144,9 mil